Uma denúncia séria deu início a investigações que agora coloca a Câmara Municipal de Aquidauana no centro de um escândalo de corrupção. Supostamente liderado por Wezer Lucareli, ex-presidente da casa, o esquema teria desviado recursos públicos através de contratos fraudulentos. A denúncia chegou ao Ministério Público e ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que, nesta terça-feira (28), deflagrou uma operação para investigar o caso.

Agentes do Gaeco realizaram buscas em vários locais, incluindo as casas de Wezer Lucareli e Nilson Pontim, outro ex-presidente da Câmara apontado como um dos principais envolvidos. A sede da Câmara Municipal também foi alvo, com documentos e equipamentos sendo recolhidos para análise.

De acordo com as investigações, o esquema envolvia contratos superfaturados, licitações fraudulentas e serviços irregulares que favoreciam interesses pessoais. Empresários ligados ao setor de publicidade também estão sendo investigados, suspeitos de participação ativa no esquema.

A operação, batizada de "Ad Blocker", faz referência ao bloqueio de práticas ilegais, e teve grande mobilização em Aquidauana e Campo Grande. Cinco veículos oficiais foram utilizados na ação, evidenciando a complexidade do caso.

O contrato em questão, que movimentou milhões nos últimos três anos, apresenta fortes indícios de irregularidades, como serviços que nunca foram prestados. Segundo o Gaeco, o esquema envolvia não só políticos, mas também servidores públicos e empresários, formando uma rede de corrupção bem estruturada.

As buscas realizadas hoje são apenas uma etapa das investigações, que devem continuar nos próximos meses. A comunidade de Aquidauana, já impactada pelo escândalo, aguarda desdobramentos e espera que os culpados sejam responsabilizados.

Enquanto isso, o Ministério Público reafirma o compromisso de combater crimes contra a administração pública e devolver a transparência e a ética à política local.